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Wilza Mayrink

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ASAS DO TEMPO - Wilza Mayrink

                                

Nas asas do tempo voei

Pisei nas calçadas molhadas

Pelo orvalho da madrugada

 

Senti perfume no ar

Vindo das flores e frutas

Abrigadas no velho pomar

 

Uma criança franzina

Correndo, brincando, pulando

Sobre folhas secas estalando

 

Sentada em meio à passarinhada

Pude ao longe escutar

O engenho a funcionar

 

Fiquei horas a pensar

Logo o cheiro de melaço

Espalhou-se pelo ar

 

Máquinas, homens, caminhões

Começaram trabalhar

Para cana em açúcar transformar

 

Nas asas do tempo revi

A Usina do Pião

Em plena atividade e função

 

Assustei-me com um estalo

A viagem acabou

Só imensa saudade restou!

(Refiro-me à Usina do Pião / Anna Florência, local onde nasci)